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Manifestantes acampam na porta do Museu do Índio após desocupação

G1- http://g1.globo.com
20 de Jul de 2016

O Museu do Índio, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, foi desocupado na noite desta terça-feira (19). Manifestantes estavam no local há uma semana e, durante a madrugada e manhã desta quarta, eles continuaram em frente ao prédio. Durante o fim de semana, o grupo se envolveu numa pancadaria com seguranças.

A reintegração de posse aconteceu por volta das 20h. Policiais militares participaram da ação. O museu é administrado pela Funai. O advogado Arão da Providência Araújo, que defende o grupo, chegou a ser levado pra delegacia do Catete durante a desocupação pra prestar esclarecimentos e foi liberado.

Os índios querem retomar a posse do antigo museu do Índio, no Maracanã, e reivindicam também a participação de um indígena na direção da Funai. Na porta do local, foram colocadas faixas e cartazes de protesto.

Depois da confusão, os manifestantes continuaram acampados do lado de fora durante a madrugada. O policiamento foi reforçado na rua e dentro do centro cultural. No fim de semana, teve tumulto entre os índios que ocupavam o prédio e os seguranças.

Alguns manifestantes ainda estão feridos e reclamaram da truculência dos seguranças. "Meu braço foi tentado me defender. Eu, desarmado, tentando me defender contra duas dessas pessoas. Levantei meu braço no reflexo pra me defender, no instinto. Me puxaram para um canto, me encapuzaram, usaram meu próprio casaco para que eu não visse nada, não visse quem estava me agredindo", diz Lucas Albuquerque.

"O genocídio indígena acontece todos os dias não só na morte, mas na morte da cultura indígena", diz Lucas Vilar.

Sobre a confusão no fim de semana, o Museu do Índio disse que os seguranças intercederam depois que uma fogueira feita pelos manifestantes ameaçava o prédio e que funcionários da instituição também foram agredidos, sendo que um deles foi atingido por uma pedra no peito e levado ao hospital. O museu informou ainda que o prédio é tombado e guarda o maior acervo etnográfico de índios do Brasil, que são documentos considerados patrimônio da humanidade pela Unesco.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/07/manifestantes-acampa…

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