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Mais uma testemunha é ouvida no 4 dia do júri de morte de cacique

Portal do G1 - http://g1.globo.com/
24 de Fev de 2011

A segunda testemunha de defesa a prestar depoimento no julgamento dos três acusados de assassinar o cacique guarany-kaiwá Marcos Veron, em janeiro de 2003, em Juti (MS), foi ouvida nesta quinta-feira (24). O julgamento, que está em seu quarto dia, é realizado em São Paulo, no Fórum Federal Criminal.

Ainda nesta quinta, deve ser ouvida a testemunha do juízo, que é indicada pelo juiz, e a expectativa é que seja realizado o interrogatório dos réus.

Os debates, que podem durar cerca de 10 horas, devem ocorrer na sexta-feira (25), quando o júri poderá ser encerrado. De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, a previsão inicial era de que o julgamento levaria pelo menos oito dias.

Julgamento
Na quarta-feira (23), segundo a Justiça Federal, o dia teve início com o depoimento da sétima vítima, que sobreviveu após ser agredida pelos acusados. Em seguida, cinco testemunhas de acusação prestaram depoimento. A primeira testemunha de defesa também foi ouvida na quarta-feira.

O júri teve início na segunda-feira (21), com o sorteio dos sete jurados e a leitura das peças processuais. Na terça-feira (22), seis vítimas indígenas que teriam sido agredidas pelos acusados prestaram depoimento.

Crime
O crime aconteceu em janeiro de 2003 no município de Juti, em Mato Grosso do Sul. Os acusados teriam ameaçado, espancado e atirado em chefes indígenas, incluindo o cacique Veron, que na época tinha 72 anos. O cacique foi levado para o hospital com traumatismo craniano, mas não resistiu e morreu.

No decorrer do processo, o júri foi transferido de Mato Grosso do Sul para São Paulo a pedido do Ministério Público Federal, que alega que naquele estado não há condições de isenção suficientes para garantir um julgamento imparcial. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) também determinou que o júri ocorra em São Paulo para evitar que a decisão sofra influência social e econômica dos supostos envolvidos no crime.

Em 2010, o julgamento chegou a ser suspenso duas vezes. No primeiro julgamento, o adiamento ocorreu porque a defesa dos réus apresentou atestado médico. O segundo adiamento ocorreu em maio, por conta da impugnação do tradutor designado para atuar na sessão. O Ministério Público abandonou o julgamento e ele foi suspenso.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/02/mais-uma-testemunha-e-ouvida…

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