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Mais de R$ 2 mi somem de ONG comandada por índios em RO

Estado de S.Paulo-São Paulo-SP
Autor: Nilton Salina
18 de Mar de 2004

- O cacique Almir Suruí, de 35 anos, confirmou nesta quarta-feira que a dívida da Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso, e Sul do Amazonas (Cunpir) ultrapassa R$ 2,2 milhões. Ele está investigando há um mês o desaparecimento de dinheiro, que resultou no afastamento do ex-presidente da ONG, cacique Antenor Karitiana.

Como não houve prestação de contas, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a WWF (Fundo Mundial para a Natureza) suspenderam convênios com a Cunpir, que representa 42 nações indígenas e 10 mil índios. O convênio com a WWF tinha 10 anos. A ONG indígena deve a fornecedores de combustível, medicamentos e material de expediente aproximadamente R$ 2 milhões. Além disso, existe uma dívida trabalhista de R$ 200 mil e não há comprovante do gasto de R$ 64 mil repassados pela WWF.

Karitiana se defende explicando que o dinheiro recebido através de convênios não foi suficiente para cobrir todas as despesas porque o preço de medicamentos, combustível e prestação de serviços subiu, havendo acúmulo de despesas. "Não houve corrupção. Expliquei como o dinheiro foi gasto. Só não apresentei as notas fiscais". Karitiana afirma que não precisa de dinheiro. "Tenho muitas terras e nelas há macacos para comer. Isso me basta". Ele circula em uma caminhonete S10 de cabine dupla. O cacique disse, ainda, que o problema existente em Rondônia é pequeno, se comparado ao que está acontecendo em ONGs administradas por índios nos Estados do Acre, Roraima, Tocantins e Pará.

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