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Madeireiras do Pará usaram 'laranjas'

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Autor: Carlos Mendes
24 de Jan de 2004

Dezesseis pessoas já foram presas, mas, para a PF, verdadeiros criminosos estão soltos

Belém - Procuradores da República e policiais federais já têm uma certeza sobre as fraudes praticadas por 114 madeireiras do Pará: "laranjas" aparecem como donos de empresas, enquanto os verdadeiros criminosos estão foragidos. Ontem, a PF tentava prender outras 16 pessoas para cumprir o total de 32 mandados expedidos pelos juízes federais Rubens Rollo D'Oliveira, José Airton Portela e Antonio Carlos Campelo.

Onze presos foram transferidos da sede da Polícia Federal em Belém para a Penitenciária de Marituba, onde outros cinco são esperados após terem sido presos no sul e sudeste do Estado. Um deles, Nei Raimundo Lopes dos Santos, da Majecapp, disse ter recebido dinheiro para "emprestar" o nome e o número do CPF para uma pessoa que ele diz não conhecer.

"Estamos diante de crimes que poderão revelar muito mais criminosos do que aqueles que as investigações já descobriram", disse o chefe da Procuradoria da República no Pará, José Augusto Torres Potiguar.

De acordo com o Ibama, entre as madeireiras envolvidas há aquelas que fraudaram apenas uma Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPFs), mas há também algumas, como a J.J.R Madeiras Ltda., que falsificou 70 delas e movimentou 1.176 metros cúbicos de madeira, sem nenhum controle oficial. Outra empresa, a Pérola Madeira do Pará Ltda., conseguiu movimentar 7.932 metros cúbicos duplicando as guias emitidas pelo Ibama.

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