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Autor: Alexandre Canazio
17 de Out de 2008
Empresa está preocupada com a possibilidade de adiamento do leilão e descasamento entre usina e linhas
A Madeira Energia tem como meta antecipar o cronograma de início da operação da hidrelétrica de Santo Antônio (RO-3.150,4 MW). A empresa trabalha com a possibilidade de entrada das primeiras unidades geradoras no início de 2012, em vez de maio daquele ano, conforme o cronograma atual. A informação foi dada com exclusividade à Agência CanalEnergia pelo diretor de Comercialização e Regulatório da Mesa, João Carlos de Abreu Guimarães.
"Essa é uma meta do grupo, que ainda não está oficializada", ressaltou o executivo, sem no entanto falar em uma data exata. Atualmente, a Mesa está na fase de montagem do canteiro, construção das ensecadeiras e de vias de acesso ao site da obra. Com essas medidas, de acordo com Guimarães, vai ser possível tocar as obras durante o período de cheia do rio Madeira, que começa em dezembro e se estende até junho.
Linha de transmissão - A Mesa está acompanhando com apreensão a possibilidade de adiamento do leilão das linhas de transmissão do complexo do rio Madeira, que inclui a usina de Jirau (3.300 MW). "É preocupante porque já estamos antecipando a entrada em operação. Esperamos que entre no tempo hábil para os testes e em operação na data prevista", afirmou Guimarães em entrevista nesta quinta-feira, 16 de outubro.
O executivo lembrou que as usinas do Madeira são estratégicas para a segurança energética do país, com impacto no preço de liquidação de diferenças. O possível adiamento do leilão depende da Agência Nacional de Energia Elétrica que está analisando, internamente, o edital do leilão. Há possibilidade de uma nova apreciação pela diretoria da Aneel do documento, que está sendo estudada e deve ser definida ainda hoje.
Segundo Edvaldo Santana, diretor da Aneel, se isso for decidido, o edital estará na pauta da reunião da diretoria da próxima terça-feira, 21. "Se for adiado, estará na pauta. Se não estiver, não será", resumiu o diretor ao ser questionado pela reportagem da Agência CanalEnergia sobre o assunto.
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