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Lula privilegiou pequenos agricultores

JB, País, p. A2
09 de Ago de 2004

Lula privilegiou pequenos agricultores

Brasília - O governo de Luiz Inácio Lula da Silva aumentou em até 238 % o volume de dinheiro para financiamentos a pequenos agricultores dos Estados mais pobres do Norte e Nordeste. 0 balanço dos investimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na primeira safra do governo - de julho de 2003 a junho de 2004 - mostra que a política de Lula é fortalecer os agricultores que já moravam no campo, mais que os assentamentos.
Em todo o país, o governo Lula emprestou na primeira produção agrícola R$ 4,49 bilhões, beneficiando 1,39 milhão de pequenos agricultores. 0 governo de Fernando Henrique Cardoso não conseguiu superar R$ 2,3 bilhões em empréstimos. Lula já bateu um recorde histórico de empréstimos na última safra. O governo promete R$ 7 bilhões para a próxima, que começa agora.
Os Estados mais privilegiados com recursos do Pronaf ainda são os da Região Sul, devido à maior organização dos agricultores em torno dos movimentos sociais e das cooperativas de crédito. 0 Rio Grande do Sul, onde 270 mil agricultores receberam empréstimos, ficou com R$ 949 milhões na última produção agrícola, ,20% de todo o
dinheiro emprestado no país.
- Onde tem presença de associações e cooperativas, movimentos organizados, há uma tendência natural de atender mais gente - diz o secretário da Agricultura Familiar, Valter Bianchini.
Pelos números do Pronaf, é possível constatar que a política de Lula é fortalecer os agricultores com renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 40 mil por ano, que estão concentrados nos chamados grupos C e D do Pronaf. Juntos, estes
dois grupos ficaram com quase 70% do dinheiro emprestado.
0 grupo A, onde está o primeiro crédito para estruturação das unidades produtivas para os assentados da reforma agrária, não apresentou alteração substancial na primeira safra do governo. Na última da gestão FH, foram atendidas 46 mil famílias no grupo A, número que foi reduzido para 39 mil famílias na primeira produção agrícola do governo Lula. Apesar da diminuição do número de famílias, o volume de crédito do grupo A aumentou 11 % no atual governo. 0 número de famílias assentadas da reforma agrária que receberam crédito de custeio também aumentou em 140%.
0 fortalecimento da agricultura familiar é estratégico para o governo, como forma de manter o homem no campo. A agricultura familiar é responsável pela criação de sete em cada 10 empregos no meio rural. Os pequenos agricultores produzem 84% da mandioca, 67% do feijão, 58% dos suínos e 54% da bovinocultura de leite do país. Produzem ainda 49% do milho e 40% de aves e ovos.

JB, 09/08/2004, País, p. A2

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