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Luiz Calixto quer CPI para investigar desmatamento no Acre

Gazeta do Acre-Rio Branco-AC
Autor: Silvânia Pinheiro
25 de Set de 2003

O deputado estadual Luiz Calixto (PDT) encaminhou requerimento ontem pela manhã à Mesa Diretora da Assembléia Legislativa solicitando a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de desmatamento no Estado. Um dos principais objetivos do parlamentar é prestar esclarecimentos à sociedade sobre as denúncias de fraudes, falsificações e desvio de licenças para desmate em propriedades rurais acreanas.

Luiz Calixto começou ontem a coletar a assinatura dos 23 deputados estaduais, preparando-se para formar um bloco de parlamentares interessados em investigar as denún-cias. Caso o deputado consiga a assinatura com o consentimento dos seus pares para instalação da CPI, o Regimento Interno da Assembléia Legislativa concederá prazo de 120 dias para apresentação dos resultados dos trabalhos da comissão.

Assuntos ligados ao desma-tamento e queimadas tornaram-se amplamente debatidos no Acre nos últimos meses. Uma operação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Iba-ma), concluiu há uma semana que o número de queimadas na região aumentou no último ano, apontando um índice de mais de 1.500 hectares queimados em 2002 no Acre.

Quinze dias antes, o chefe de fiscalização do Ibama, Messias Ribeiro, denunciava o suposto roubo de autorizações para desmate de dentro do Imac. A denúncia está sendo investigada pela Polícia Civil, segundo o diretor-geral do Imac, Edgar de Deus. "Após a conclusão das investigações, os responsáveis serão devidamente punidos", garante Edgar.

A edição da revista Veja desta semana trouxe uma reportagem denunciando o índice alarmante de desmatamen-to registrado no Estado desde 1999 a 2002. A notícia foi contestada pelo diretor-geral do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e pelo presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), Dalton Valeriano.

"Quero deixar claro que eu não estou acusando ninguém. O fato é que existem sérias denúncias envolvendo o desmatamento no Estado e precisamos investigá-las", esclareceu.

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