OESP, Metrópole, p. C3
16 de Jul de 2010
Lençol freático de área do Piritubão está contaminado
Segundo a Cetesb, processo de limpeza e liberação do terreno para empreendimentos pode durar até três anos
Diego Zanchetta
A contaminação do terreno em Pirituba, na zona norte da capi¬tal, onde a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quer erguer um estádio para abrir a Copa 14, atingiu também o lençol freático. Conforme revelou o Estado, a área tem uma vala de 1.200 m2 contaminada com metais pesados.
Em entrevista ontem à Rádio CBN, o gerente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em Santana, Celso Machado, voltou a dizer que o lençol freático do local está con-taminado e precisa ser monitorado. Outros focos de contaminação estão sendo investigados pelo órgão estadual.
Para conseguir a liberação do terreno será necessário elaborar um projeto de descontaminação que terá de ser aprovado pela Cetesb. Só após a conclusão desse trabalho, que pode demorar até 3 anos, é que o projeto poderá ser protocolado na Prefeitura para a análise de órgãos como a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Secretaria Municipal de Habitação.
O trâmite burocrático para a limpeza de áreas contaminadas vai ser um dos argumentos dos governos estadual e municipal para enterrar os planos da CBF.
Na próxima semana, o governador Alberto Goldman (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) devem ter uma audiência com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ambos vão reafirmara intenção de a cidade receber o evento, coma opção de três estádios que podem ser reformados: Morumbi, Palestra Itália (já em obras) e Pacaembu.
Goldman vai explicar a Teixeira que o terreno em Pirituba - que pertence à Companhia City- está sob intervenção da Cetesb. Além da falta de verbas públicas para erguer um novo estádio, é essa burocracia que o prefeito e o governador vão apresentar a Teixeira como empecilho.
OESP, 16/07/2010, Metrópole, p. C3
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