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"Lei nao pode ser feita para atrapalhar"

OESP, Geral, p.A8
02 de Mar de 2004

"Lei não pode ser feita para atrapalhar" Presidente da Embrapa pede regras claras no texto de biossegurança que está no Congresso
O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Clayton Campanhola, disse ontem em Foz do Iguaçu, onde estão reunidas cerca de 1.500 pessoas na 7.ª Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, que seu único desejo é que a Lei de Biossegurança, em discussão no Congresso Nacional, traga regras claras e não "feitas apenas para atrapalhar". "A pesquisa tem de andar. O avanço da ciência não pode parar", alertou.
Segundo Campanhola, houve desaceleração nas pesquisas de campo, em razão dos critérios para licenciamento ambiental, que a Embrapa discute com os órgãos competentes. "As pesquisas internas não pararam e nem podem parar", acentuou. "Se deixarmos só para o setor privado, não haverá investimento em todas as áreas de interesse do setor público." Campanhola disse que a empresa já tem dez variedades prontas de soja resistente ao glifosato. Mas ainda não há quantidade suficiente de sementes. Se a legislação permitir o plantio, ele acredita que a empresa terá condições de atender os produtores em duas safras.
O vice-governador do Paraná e secretário de Estado da Agricultura, Orlando Pessuti (PMDB), também espera um posicionamento definitivo sobre a questão.
O Paraná havia proibido o plantio de transgênicos por meio de uma lei, mas ela foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Mesmo assim, o governo está interditando as lavouras transgênicas no Estado e proíbe o embarque de soja geneticamente modificada pelo Porto de Paranaguá.
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, acredita que até abril a lei esteja pronta para a sanção presidencial. (Evandro Fadel)

OESP, 02/03/2004, p. A8

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