VOLTAR

KARAJÁ E TAPIRAPÉ QUEREM 2º TEMPO INDÍGENA NAS SUAS ALDEIAS

Funai - www.funai.gov.br
10 de Nov de 2008

Uma Oficina com a participação de 45 lideranças indígenas Karajá e Tapirapé, técnicos da Funai e do Ministério do Esporte, realizada na quarta-feira (05/11/08), em São Félix do Araguaia (MT), definiu pontos para a elaboração e implantação do Programa Segundo Tempo Indígena na região. O esporte foi uma das cinco demandas da juventude na I Conferência Nacional da Juventude e agora chega às Terras Indígenas com quatro projetos Pilotos em áreas onde jovens e adolescentes indígenas encontram-se em situação de risco social.

Durante a oficina a Coordenadora Geral da Secretaria Nacional de Esporte Educacional Danielle Ferminiano dos Santos Gruneich mostrou que o Segundo Tempo é um programa sócio-esportivo idealizado pelo Ministério do Esporte, destinado a democratizar o acesso à prática esportiva com o objetivo de colaborar para a inclusão social, bem-estar físico, promoção da saúde e desenvolvimento intelectual e humano e assegurar o exercício da cidadania.

Para a Coordenadora Geral de Educação da Funai Maria Helena Fialho a realização da Oficina do Segundo Tempo Indígena em São Félix do Araguaia, apesar da demora pois o levantamento da situação dos jovens indígenas da região ter sido realizado em 2004, traz uma nova perspectiva para as juventudes Karajá e Tapirapé com a implantação desse projeto a partir da visão e interesse dos próprios indígenas. Para ela o esporte nas comunidades indígenas possui grande potencialidade de crescimento e transformação social, e também de realização de projetos societários das comunidades indígenas.

Na definição das modalidades os Karajá optaram por: luta corporal para manutenção da cultura, futebol de campo masculino e feminino e natação. A opção dos Tapirapé foi por arco e flecha como modalidade de resgate cultural, futebol de campo masculino e feminino, luta corporal e atletismo. As comunidades escolhidas para implantação do projeto foram Santa Isabel do Morro, Macaúba e Ibutuna, Itxalá, São Domingos Fontoura e Tapíitaãwa. Os Tapirapé abriram mão desta primeira fase de implantação do projeto por achar que a discussão tem que ser mais aprofundada com a comunidade.

Os quatro projetos pilotos serão implantados em São Félix do Araguaia com os povos Karajá e Tapirapé, Tabatinga (AM) com os Tikuna, Porto Seguro (BA) com os Pataxó e Campo Grande (MS) com os Terena.

O Projeto Segundo Tempo Indígena também foi apresentado a prefeitos dos municípios da região onde habitam povos indígenas.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.