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Justiça Eleitoral se reúne com lideranças indígenas para discutir voto ético

Folha BV- http://www.folhabv.com.br
06 de Set de 2014

O presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), desembargador Mauro Campello, reuniu-se na manhã desta sexta-feira, dia 05, no plenário da instituição, com lideranças indígenas das etnias ingaricó e macuxi, para discutir a ética e a inclusão dos povos no processo eleitoral. Participaram do encontro o coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, juiz Marlon Jacinto Reis, o procurador regional eleitoral Igor Miranda, além do membro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Oneildo Ferreira.

Campello destacou que Roraima possui o maior índice populacional de índios no Brasil e o evento serviu para reunir lideranças indígenas do estado a fim de ouvir os principais anseios dessa parcela significativa da sociedade. Ele destacou a presença do juiz de direito Marlon Jacinto Reis, do Maranhão, que vem desenvolvendo um trabalho de combate à corrupção eleitoral, especialmente porque foi o idealizador da Lei da Ficha Limpa.

"A Justiça Eleitoral dá esse grande passo, não só criando novas seções eleitorais de difícil acesso, como também qualificando esse voto e explicando como funciona o processo eleitoral. Nosso foco é disseminar sempre a ideia de que o voto não deve ser vendido e representa um instrumento de transformação de melhoria de vida das comunidades indígenas", ressaltou.

Para o coordenador do CIR (Conselho Indígena de Roraima), Ivaldo André, o evento foi importante para esclarecer alguns pontos referentes ao processo eleitoral. "Esse conhecimento é fundamental para que no futuro nós possamos ter nossos representantes políticos, sabendo que temos que ter um voto ético, limpo e esclarecido. Alguns já estão se envolvendo, mas para a maioria ainda não é muito claro qual a importância do voto consciente. Nós como líderes, exercemos importante papel no sentido de repassar essas informações para a população indígena. Só assim, poderemos avançar na luta pelos nossos direitos", disse.

O líder Dilson Ingaricó lembrou que é primordial que a Justiça Eleitoral leve essas informações educacionais para as populações indígenas a fim de fortalecer a democracia no processo de desenvolvimento. "A partir dessa discussão, os indígenas terão mais conhecimentos para escolher melhor os representantes dentro do Estado e dentro da Federação brasileira", comentou.

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