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Júri é marco para os xacriabás, diz Cimi

Estado de Minas (Belo Horizonte - MG)
24 de Set de 1988

A reportagem traz informações sobre o Júri Popular que acontecerá no dia 26, quando serão julgados os responsáveis pelo assassinato de três indígenas Xakriabá, porém também apresenta apontamentos do coordenador regional do Cimi, Fábio Alves dos Santos, que problematizam a crença de que esse julgamento sob o enquadramento de genocídio irá solucionar toda a questão indígena no Brasil. Segundo Fábio, embora o julgamento seja um marco na luta dos povos indígenas no Brasil, ele não soluciona todas as questões e não esgota todas as lutas indígenas no país. Ele defende que as lutas dos Yanomami e dos Ticuna, por exemplo, devem ser acompanhadas com a mesma preocupação que o massacre dos Xakriabá. Ele afirma também que embora o caso Xakriabá seja o primeiro a ser julgado como genocídio, a história do Brasil por si só é uma história de genocídio dos povos indígenas.
O juiz responsável pelo caso dos Xakriabá, por sua vez, já divulgou as normas para realização do julgamento.

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