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Juiz garante trabalho em reserva

Diário Catarinense - Florianópolis - SC
Autor: Darci Debona
21 de Fev de 2001

Grupo da Funai vinha sendo impedido pelos colonos de avaliar benfeitorias.

Uma liminar do juiz federal João Batista Lazzari vai garantir que o Grupo de Trabalho constituído pela Funai inicie o levantamento das benfeitorias em 975 hectares da Sede Trentin, em Chapecó. O objetivo é a desapropriação reivindicada pelos Kaigang da aldeia de Toldo Chimbangue.

O Grupo de Trabalho está em Chapecó desde 12 de fevereiro, mas foi impedido de atuar pelas 70 famílias de agricultores que moram no local. Os atuais proprietários reivindicam também a indenização das terras.

Um dos integrantes do grupo, o agrônomo do Incra, Carlacéu Alencar da Mota, afirmou que caso os agricultores não permitam o levantamento podem ser detidos por desobediência à ordem judicial.

Ontem o diretor de Assuntos Fundiários da Funai, Reinaldo Florindo, reuniu-se com os caciques das aldeias Xapecó de Ipuaçu, Toldo Pinhal de Seara, Toldo Chimbangue e Condá de Chapecó. Mas a reunião mais tensa foi com os agricultores das comunidades de Praia Bonita, Lageado Veríssimo e Gramadinho, onde deve ser criada a área indígena da Aldeia Condá em 2,3 mil hectares.

Os 360 Kaigang da aldeia vivem em 100 hectares alugados pela prefeitura de Chapecó e Funai. Eles , foram deslocados de uma área próxima ao Centro. Segundo o cacique Valdemar Salvador, a área histórica fica onde foi construída a cidade e aguarda que a Funai acelere a compra da nova área para que a comunidade possa viver em melhores condições. A Funai tinha R$ 500 mil previstos no orçamento para iniciar as desapropriações.

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