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Jovem indígena que foi vítima de escalpelamento será atendida por um projeto em Belém

G1 https://g1.globo.com/
Autor: Jéssica Luz
16 de Set de 2018

A jovem indígena Adriana Fernandes dos Santos, que foi vítima de escalpelamento, acidente ocorrido no dia 9 de setembro, na região de Cachoeira do Aruã, no rio Arapiuns, a 100 km de Santarém, oeste do Pará, foi transferida neste domingo (16) para Belém, onde começará a ser atendida por um projeto destinado a vítimas desse tipo de acidente.

A vaga no leito na Fundação Santa Casa de Misericórdia foi possibilitada por meio de um contato do núcleo de regulação do Hospital Municipal de Santarém (HMS) e da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) com os coordenadores do projeto em Belém.

O coordenador do núcleo de regulação do HMS, Rodrigo Lima, explicou que, inicialmente, foi solicitada a transferência para o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), mas foi informado que o Hospital não tem a especialidade para atender vítimas de escalpelamento, e então foi entrado em contato com a coordenação do projeto, que tratou de apurar as informações necessárias da paciente.

"Após esse contato, foi reservado um leito para ela no projeto e a equipe do Núcleo do HMS, junto com a Semsa já fez todo o procedimento de transferência. Foi confirmada a vaga dela na Santa Casa, e começamos a correr atrás do transporte. Foi solicitado do estado, a UTI aérea, repassado o quadro clínico da paciente e hoje conseguimos o transporte para levar ela", contou Rodrigo.

Adriana chegou a Belém às 14h e foi internada. A partir de agora, será feito todo o acompanhamento da vítima. Ela é a primeira vítima de escalpelamento registrado depois de 5 anos no oeste do Pará e teve 85% do couro cabeludo arrancado, quando tropeçou na tábua de uma bajara e caiu.

Escalpelamento
O escalpelamento é um acidente mais comum no Norte, sendo provocado pelo eixo do motor das pequenas embarcações. Por conta da falta de proteção, as vítimas, em sua maioria mulheres, ao se aproximarem do motor, têm os cabelos puxados.

A forte rotação enrola os cabelos em torno do eixo e chega a arrancar parte ou totalmente o coro cabeludo. Em alguns casos, as vítimas sofrem danos graves e chegam a perder as orelhas e a pele do rosto, causando deformações e até a morte.

https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2018/09/16/jovem-indige…

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