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Jogos Indígenas do Amazonas devem finalmente sair do papel. Previsão é que aconteça no segundo semestre deste ano

A Crítica (AM) - http://www.acritica.uol.com.br
06 de Jan de 2015

Ainda movida pelo sucesso da Copa do Mundo em Manaus, a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) começa a traçar metas para realizar a primeira edição dos Jogos Indígenas do Amazonas. A previsão é que o projeto (que nasceu há três anos, mas que foi idealizado em 2009 pela extinta Fundação Estadual dos Povos Indígenas - Fepi) seja posto em prática pelo Governo do Estado no segundo semestre de 2015, na Ponta Negra, Zona Oeste, com a participação de indígenas de todo o Brasil.

A Seind tem mantido um diálogo constante com a Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer (Sejel) e outros parceiros, para organizar a competição, mas nesta terça-feira (6), recebeu o apoio importante de um dos precursores dos Jogos Indígenas em São Paulo e em outras localidades do País: o líder indígena Robson Miguel, mais conhecido como cacique cafuzo Tukumbó Dyeguaká.

O objetivo é reunir 150 mil pessoas, entre indígenas e não indígenas, durante três dias, e fazer com que os jogos entrem no calendário oficial de eventos do Estado.

"O projeto é da Seind, mas com essa troca de experiências, a ideia é fazer com que tenhamos um evento de grande envergadura, que possa atrair parceiros também da iniciativa privada, além de beneficiar o maior número de indígenas em nosso Estado", destacou o titular da Seind, Bonifácio José Baniwa.

De acordo com Tukumbó, indígena do povo Guarani, além da disputa em diversas modalidades, outro objetivo é fazer com que a atividade também tenha um apelo cultural, baseado na própria tradição de cada povo.

"Temos aqui a maior concentração étnica brasileira e, na minha primeira impressão, acredito que há tempo hábil para que os jogos sejam realizados este ano", arriscou Tukumbó.

Uma das propostas é reunir 515 indígenas, representantes de cada etnia, para entoar o Hino Nacional Brasileiro na língua tikuna.

"Com tanta gente cantando o hino, ao mesmo tempo, podemos até ganhar um lugar no Livro dos Records (Guinness Book)", observou o cacique.

Tukumbó, que também é músico, maestro, historiador e palestrante da cultura indígena ambiental, foi o primeiro a fazer a versão, gravação e lançamento do Hino Nacional Brasileiro na língua Guarani (com Karaí Basílio)

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