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Iphan aprova cachoeira no Amazonas como patrimônio imaterial brasileiro

Radiobrás
03 de Ago de 2006

Iphan aprova cachoeira no Amazonas como patrimônio imaterial brasileiro

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil

A Cachoeira do Iauaretê, que fica em São Gabriel de Cachoeira, no Amazonas, foi aprovada hoje (3) como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No município amazonense, 85% da população são indígenas e a cachoeira é considerada um lugar sagrado por três dos povos locais.
Será oficialmente o oitavo patrimônio imaterial brasileiro, junto com o samba de roda do Recôncavo Baiano, o último a entrar na lista do instituto. "Dessa forma será possível o registro do mito de povos indígenas, que têm na cachoeira, nas suas águas, nas pedras, a forma de explicar como o mundo foi criado", disse o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida.
Ele explicou que a escolha para patrimônio imaterial "é uma forma de se preservar culturas e tradições que correm o risco de desaparecer. No caso de São Miguel da Cachoeira, as missões do século 20 acabaram tendo um efeito de descaracterização da cultura indígena".
A Cachoeira do Iauaretê, acrescentou Almeida, será o primeiro patrimônio registrado no chamado Livro dos Lugares, do Iphan. Já existem os livros dos Saberes, das Celebrações e das Formas de Expressão, que estarão disponíveis para o público em dossiês que o instituto produzirá e na própria página do Iphan na internet (www.iphan.gov.br).
Durante a reunião de hoje, o Conselho Consultivo do Iphan também aprovou o tombamento do conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade de Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió (AL). O município possui construções barrocas e ainda mantém um núcleo com a mesma configuração urbanística da ocupação holandesa, no século 17.
"A cidade é muito importante do ponto de vista histórico. Já havíamos tombado a casa onde nasceu o Marechal Deodoro da Fonseca, além do convento e da igreja de São Francisco. Essas são as únicas áreas preservadas do município, o resto está praticamente em ruínas, mas será recuperado após o tombamento", disse o presidente do Iphan.

Radiobrás, 03/08/2006

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