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Ipaam aplica multa em envolvidos na retirada de madeira de área de preservação

A Crítica - http://acritica.uol.com.br
06 de Out de 2011

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) multou nesta quinta-feira (06) em R$ 14 mil os envolvidos na retirada de 18 metros cúbicos de madeira em pranchas retiradas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro, na região do município de Manacapuru.

A apreensão aconteceu na noite de terça-feira (04), nos KM 12 e 25 da Rodovia AM 352 que liga Manacapuru a Novo Airão.

Os motoristas Valmir Ferreira de Souza (placa JWH2946), Vanderlei Rodrigues Toga (placa JWH 0382) e João Batista Guedes (placa JWM3238) foram multados em R$2.400,00 cada um, referente aos 6m3 de madeira encontrados em cada caçamba.

Eles transportavam madeira sem o documento de origem florestal (DOF), o que torna o transporte ilegal, conforme artigo 46, parágrafo único, da Lei Federal 9.605/98 (Lei de crimes ambientais), acrescida do artigo 53 que aumenta o valor da multa pelo agravante de estarem sendo transportadas à noite. As caçambas também foram apreendidas.

Além dos motoristas, os proprietários das madeiras foram multados pelo comércio ilegal como previsto na Lei de Crimes Ambientais e também receberam multa de R$2.400,00 cada um.

Os proprietários autuados são Teófilo Nogueira Farias, Natalino Martins da Silva e Marivaldo Vieira da Luz, todos moradores de Manacapuru.

As madeiras apreendidas foram recolhidas ao pátio do IPAAM que fica como fiel depositário até que seja definido a quem doá-las.

Serrarias

O flagrante de contrabando de madeira ocorreu em meio a uma operação de inteligência deflagrada pelo Ipaam no município com o objetivo de combater a extração, transporte e comércio ilegal de madeira, desmatamento e queimadas, principalmente no interior da RDS, iniciada no final de agosto a partir de um sobrevôo.

Até o momento, 810 toras e 390 metros cúbidos de madeira de lei já foram apreendidos pela Operação Manacapuru.

O Ipaam também embargou quatro serrarias e aplicou multas que somam perto de R$390 mil referentes a sete embarcações navegando com madeira ilegal e oito jangadas de toras que boiavam no Rio Manacapuru, visualizadas durante o sobrevôo.

Investigação

O coordenador da operação e gerente de inteligência do IPAAM, Julio Cezar Almeida disse que o Ipaam está trabalhando o processo de investigação dos grupos que contratam para extrair madeira da RDS.

"Há bastante indícios de que é de lá que está sendo explorada a madeira. Entre o extrator ilegal e a serraria, sabemos que existe ainda um intermediário", disse Julio Cezar.

O coordenador disse ainda que os fiscais do Ipaam relatam que há o abate das árvores, o desmembramento em pranchas e a colocação delas à beira dos ramais, às vezes meio camufladas pela vegetação, para serem levadas pelos caminhões e serem vendidas a um intermediário e posteriormente às serrarias.

O preço do metro cúbico de madeira varia entre R$120,00 a R$150,00 conforme o tipo da madeira, o que se conclui que cada caçamba, com capacidade em torno de 6 metros cúbicos, pode ser vendida por algo em torno de R$1200,00.

O trabalho de combate ao desmatamento, queimadas e contrabando de madeira vai prosseguir por meio fluvial, aéreo e por terra.

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