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Invasão, doenças e drogas no caminho da maior ilha fluvial do mundo

24 Horas News - http://www.24horasnews.com.br/
Autor: Hebert Almeida e Vanessa Lima
03 de Nov de 2011

Os índios Karajá e Javaé, habitantes da Terra indígena Ilha do Bananal, no Parque Nacional do Araguaia, estão vivendo um momento de calamidade: grande índice de mortalidade por índice de bebida alcoólica e drogas, prostituição com índias e um grande índice de doenças. Entre as doenças, está a tuberculose, considerada fatal para os índios. Há ainda falta de alimentação. Os líderes denunciam, por outro lado, a invasão de seu território por caçadores, pescadores, madeireiros. A área chega a ser usada para realização de rally de motos e veículos, causando destruição total do meio ambiente.

O estudante Elioman Chaves, de Formoso do Araguaia (TO) se mostrou está indignado com o que presenciou na Ilha do Bananal ao passar recentemente e revela detalhes de fatos e cenas que viu. No feriado do dia 7 de setembro ele conta que passou por dentro da ilha e ficou horrorizado com tantas caravanas acampada nas margens dos rios Jaburu. Havia excesso de consumo de bebidas alcoólicas e pratica de tiro ao alvo em jacaré e patos selvagens.

"Sem contar na depredação da pesca e da caça de veados e pacas. Notei varias carcaças do peixe pirarucu nas margens do rio jaburu fiquei triste" - denunciou.

Elioman esteve com um indigena da aldeia Imoty no interior da ilha e perguntou se estava tendo conhecimento da situação anteriormente exposta na ilha. O índio confirmou que sim, mas revelou que nada poderiam fazer. "Somos ameaçados de morte se intervir'. Iindignado, disse a FUNAI órgão responsável pela proteção da terra Indígena e das comunidades indígenas não está fazendo nada hoje. Há dois anos, ele disse, os índios tinham Fundação Nacional do Índio, do Companhia Independente da Policia Militar e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) num programa de fiscalização com a participação dos índios. "Hoje não temos nada somente essa invasão descontrolada" - frisa.

A situação ocorre nos dois lados da ilha, em Tocantins e também no Mato Grosso. "Os lagos e rios próximos estão sendo explorados de todas as formas que você pensar, não temos a quem recorrer" - frisa o índio, ao destacar a exploração e uso irracional dos patrimônios naturais da região do Araguaia. "Estamos cansados de solicitar apoio da Funai. Sempre dizem não tem recursos e fica por isso mesmo" - comenta.

Ele também frisa que algumas ações ilegais tem a participação indígena que são aliciados pelos branco. "Além do retorno do gado e dos "retireiros" que estão voltando para a ilha descontroladamente. Estamos vendo nosso patrimônio acabar e não podemos fazer nada. Isso é um absurdo" - acrescentou.

Na Funai de Gurupi, em Tocantins, os servidores confirmaram que não tem nenhuma programação de proteção para a Ilha do Bananal. "Só resta o acompanhamento da destruição da Ilha" - finaliza o indígena.

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