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29 de Ago de 2015
Agricultores acreditam que decreto tinha que ser discutido antes.
Unidade de conservação tatu-bola vai cobrir uma área de 110 mil hectares.
A implantação do 'Refúgio da Vida Silvestre Tatu-bola' tem criado muita discussão entre os envolvidos. Os agricultores de Petrolina, Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande, no Sertão pernambucano, onde existem áreas que estão dentro da reserva, estão preocupados que o parque possa interferir em suas produções econômicas e de sobrevivência.
Uma reunião aconteceu na sexta-feira (28) na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e foi formado um Grupo de Trabalho que discutiu o Decreto Estadual no 41.546 de março de 2015. Nilberto Baldomiro é agricultor de Petrolina e tem uma propriedade dentro da reserva. "Como você vai viver em uma área que a natureza seja intocável? Você vai fazer uma aração de terra e eles vão achar que você tá contribuindo com a degradação. Esta reserva foi criada sem consultar ninguém. Veio de cima e vai rolar. Só o pequeno vai ser prejudicado", lamenta.
O grupo é formado por 25 instituições que devem propor adequações à criação da unidade de proteção da Caatinga. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina (STR), Francisco Pascoal, afirmou que o Decreto da forma que está não tem vantagem para os donos de propriedade. "Da forma como está o decreto, nós não aceitamos a instalação do parque, mas precisamos desta reunião com propostas adequadas para adequá-lo e, aí sim, vai ter vantagem", disse.
De acordo com a secretário estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Sérgio Xavier, a reunião serviu justamente para tentar conciliar as regras da área de preservação com a produção da região. "Esta reunião tem representantes de todos os setores para que a gente consiga conciliar a preservação com a agricultura como a agropecuária. Enfim, para todas as atividades econômicas desta região", explicou o secretário.
A Unidade de Conservação Tatu-bola vai cobrir uma área de 110 mil hectares. Foi estabelecido um prazo de 180 dias para que o grupo elabore um documento que deve ser encaminhado para o Governo do Estado de Pernambuco.
http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2015/08/instalacao-do-r…
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