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Índios xavantes fecham rodovia e cobram pedágio

Diário de Cuiabá (Cuiabá - MT) - www.diariodecuiaba.com.br
Autor: Joanice de Deus
23 de Fev de 2016

Pelo segundo dia consecutivo, cerca de 50 índios da etnia xavante bloquearam ontem a BR-158, em Canarana (distante 820 quilômetros, ao nordeste de Cuiabá). Eles exigem a soltura de três índios presos no último sábado, após uma caça em propriedade rural particular, localizada em Ribeirão Cascalheira (893 quilômetros da capital), onde fica a aldeia deles.

O protesto começou na manhã de domingo. À tarde, após negociação com uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o grupo liberou a pista. Ontem, às 7h30, os xavantes retomaram o bloqueio, em dois pontos distintos da rodovia, um no quilômetro 490 e, o outro, no Km 499, no Distrito da Matinha. Por volta das 13 horas, eles encerraram a interdição após os três indígenas terem sido soltos pela Justiça.

De acordo com a PRF, durante o movimento, os xavantes cobravam pedágio de R$ 300 para a passagem de bitrens e R$ 200 para carros de passeio. "Além disso, eles exigem a soltura de três índios detidos pela Polícia Militar de Ribeirão Cascalheira flagrados com arma de fogo e animal abatido fora da reserva indígena", informou. Houve fila de carretas e carros na região.

De acordo com informações da PM, sete indígenas caçavam na propriedade particular o que fez com que o gerente da fazenda acionasse a polícia. Dos sete, três deles estavam armados com rifles calibre 22 e estavam com um porco do mato abatido. Eles estavam em uma caminhonete.

O trio foi autuado em flagrante por crime ambiental, porte ilegal e invasão de imóvel privado. Eles foram levados para o presídio de Água de Boa.

O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ribeirão Cascalheira, Alexandre Abreu, acompanhava a manifestação e orientava os indígenas sobre a ilegalidade da cobrança do pedágio e do bloqueio.

Explicou que os indígenas caçam dentro da terra indígena, perto de uma área de fazenda e acabaram por entrar para caçar na mata, que fica na propriedade particular, levando o gerente a chamar a polícia.

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