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Índios trocam tiros com a polícia

Diário de Pernanbuco - http://www.diariodepernambuco.com.br/
09 de Nov de 2010

Cinco índios se feriram e um delegado saiu baleado durante um protesto feito por indígenas da reserva Cana Brava na BR-226, entre as cidades de Grajaú e Barra do Corda, a cerca de 500 quilômetros de São Luís, no Maranhão. Os nativos fecharam a estrada para reivindicar transporte escolar nas comunidades de Coquinho e Barrinha. Houve desentendimento entre os manifestantes e os policiais porque os índios fizeram um bloqueio e interditaram o tráfego na via. Houve desentendimento e vários foram parar nas unidades de saúde das cidades próximas. O governo, encarregado do transporte entre as aldeias, tentou negociar a pauta de reivindicação com a Fundação Nacional do Índio (Funai). A BR está interditada desde o domingo.

Durante o protesto, o delegado titular da regional de Barra do Corda, Edmar Gomes Cavalcanti, tentou furar o bloqueio. Foi aí que começou o confronto. O policial reagiu baleando cinco índios. Os indígenas revidaram: atiraram contra o delegado e lhe deceparam um dedo. ´Eles estão reclamando da falta dotransporte coletivo que atende as aldeias indígenas. A situação ficou mais tensa após o policial ter tentado ultrapassar a barreira humana` disse o responsável pela Divisão de Apoio da Funai, Cristóvão Marques.

Segundo Marques, a falta de transporte é um ´descaso com os estudantes indígenas`. Ele disse ainda que, mesmo com as tentativas de negociação, o clima no local permanece tenso. Os índios, reitera Marques, só sairão do local quando algum representante do governo aparecer para atender às solicitações. A fim de evitar um segundo confronto, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) enviou reforço policial à área do confronto entre índios Guajajara e o delegado da Polícia Civil, Edmar Gomes Cavalcanti, na BR-226, próximo a Barra do Corda.

Em reunião ontem, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) liberou recursos no valor de R$ 3,5 milhões para solucionar os problemas referentes à educação citados pelos indígenas. A liberação é parte de negociação que já dura seis meses. Segundo o secretário Anselmo Raposo, ´o canal do diálogo sempre esteve e permanecerá aberto aos indígenas para evitar qualquer tipo de conflito`. (Dyego Rodrigues e Sandra Vianna, de O Imparcial)

O número

R$ 3,5 mi
foram destinados pelo governo para solucionar o conflito

http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/11/09/brasil2_0.asp

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