Jornal do Comércio
18 de Jan de 1996
Além dos quatro funcionários da Funai que haviam sido feitos reféns pelos índios Tembé, na reserva do Alto Rio Tembé, no nordeste do Pará, outro funcionário agora tornou-se refém. Trata-se do administrador do posto regional da Funai de São Luís, José Arão. Os fuinciomários, ora mantidos reféns no posto Canindé, haviam ido à reserva para fazer um levantamento das invasões e estudar medidas que poderiam ser tomadas em conjunto com o Incra e com a Polícia Federal. Os índios, por seu turno, estão cansados de esperar, dado que as invasões acontecem já há quase duas décadas, e exigem uma ação imediata da Funai. Outra exigência dos Tembé é a presença do presidente da Funai, Márcio Santilli, para que possam negociar diretamente com ele. Irritados com a ausência do presidente, os índios ameaçaram fazer greve de fome, que também será imposta aos reféns. Márcio Santilli deverá chegar ainda hoje ao Pará, para se reunir com os índios em Belém.
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