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Índios têm acesso à internet e oficinas digitais

Portal do Governo/MT - http://www.mt.gov.br
Autor: Débora Siqueira
10 de Nov de 2013

Por meio de uma parceria entre as Secretarias de Estado de Esportes e Lazer (Seel) e de Ciência e Tecnologia (Secitec), foi possível a implantação da Oca Digital, um espaço para que os 1,6 mil indígenas competidores dos XII Jogos Indígenas possam acessar a Internet.

O espaço também é usado para troca de conhecimentos livres e experiências no universo da tecnologia e comunicação. Mais do que acesso à internet, os participantes ainda devem comparecer a oficinas para se atualizarem sobre os assuntos que permeiam o mundo digital. A intenção é que os indígenas usem o espaço principalmente para informar o mundo sobre as discussões que permeiam o evento.

A Secitec doou para a Seel quatro kits, cada um deles composto por 11 computadores, mesas e cadeiras. "A oca digital é uma idéia interessante para os índios terem acesso à pesquisa e a interação com os não índios", comentou o secretário de Ciência e Tecnologia, Rafael Bastos. O secretário Ananias Filho, titular da Seel, disse que além dos computadores, foram entregues aparelhos de ar condicionado split e a cedência de técnicos do Núcleo Sistêmico de ambas as pastas para instalar os equipamentos na oca digital. "A oca digital é fruto do trabalho conjunto das duas pastas", destacou.

No Facebook

O índio Xavante Urias Tsumey Wa Tserenhib, 19 anos, aproveitou para entrar no Facebook e no You Tube nos intervalos das apresentações e quando não participava de nenhum jogo. Morador de Campinápolis, ele conta que estuda o Ensino Médio na cidade e dentro da aldeia não é permitido o uso de computadores. "A luz chegou há pouco tempo lá, mas o Conselho Tribal, não permite a internet. Eles vêem que isso é uma forma de enfraquecer a nossa cultura".

Urias diz que antes do jovem sair da aldeia para estudar na cidade é avaliado pelo conselho tribal. A idéia é absorver a educação, a tecnologia dos não-índios, mas sem se deixar 'contaminar' pela cultura. Da mesma forma que o jovem xavante procura não interagir com não índios, ele também prefere não deixar que pessoas que não sejam indígenas possam conviver com ele ou visitar a aldeia. Ele faz parte do movimento indígena e fez curso de formação em Brasília em abril deste ano.

Outros jovens das etnias Terenas, Xingu, Caiapó, Erikibatska e Tapirapé também adotam o mesmo caminho dos Xavantes, de conviver com não índios, mas sem perder a identidade cultural.

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