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Índios só saem após solução definitiva

Diário Catarinense-Florianópolis-SC
17 de Fev de 2004

A negociação para liberação dos reféns contou com o juiz Federal de Chapecó, Narciso Baez, que, por telefone, disse que deverá encaminhar uma solicitação dos índios para o Ministério da Justiça agilizar a análise do processo.

O administrador regional da Funai, Antonio Marini, disse que foi importante essa intervenção para convencer os índios a libertarem os reféns. Os índios devem elaborar hoje o documento a ser enviado à Justiça. Marini destacou que, inicialmente, seriam libertados somente dois reféns. "Conseguimos convencê-los de que isso seria um gol contra", explicou Marini, referindo-se à revolta na cidade.

Ele afirmou que os índios não pretendiam matar ninguém, mas a situação fugiu do controle. Amigos da vítima e dos reféns pressionavam os policiais para tomar uma atitude.

Apoio veio de outro Estado

Os cem índios que vieram em dois ônibus e uma Kombi de Mangueirinha (PR), continuam dando apoio às 29 famílias que moram em Abelardo Luz. Um dos líderes da comunidade Kaingang de Imbu, Rildo Mendes, disse que a estrada vai continuar trancada e a mobilização seguirá, com o reforço de indígenas de outras aldeias.

Eles querem uma posição do Ministério da Justiça em 10 dias. Mendes disse que não sabe quem atirou, mas garante que a vítima disparou primeiro contra o grupo. O diretor de Polícia Civil do Interior, José Henrique da Costa, disse que considera difícil esta hipótese, pois os vidros do veículo de Stefani estavam trancados. Só a perícia definirá isto.

O delegado chefe da Polícia Federal de Chapecó, Victor Antônio Lopes, disse que a fase mais delicada foi concluída com sucesso, mas a partir de hoje se inicia a investigação para identificar os autores dos crimes. Além do homicídio, houve seqüestro e cárcere privado, com possível formação de quadrilha. "Os culpados serão punidos, pois ninguém está acima da lei", disse o delegado.

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