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Autor: Adailson Oliveira
21 de Dez de 2010
Mesmo com acordo de melhorias na Casa do Índio já fechado, indígenas dizem que só vão sair quando verem os resultados na prática
Nas barracas na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) estão "os fiscais". Assim se denominam os representantes indígenas acampados na sede do Órgão. Mesmo com um acordo fechado uma semana atrás -- de que eles teriam as suas reivindicações garantidas: melhorar a estrutura da Casa do Índio --, eles afirmam que só vão sair de lá, quando efetivamente verem os resultados.
Eles acusam a Funasa de fazer pouco caso do acordo, fechado com a presença do Governo do Estado e do Ministério Público Federal, no último dia 10 deste mês.
Em 1 de janeiro próximo, dia da posse dos secretários, as lideranças prometem fazer um manifesto. Eles querem de volta a secretaria, que vai discutir políticas indígenas e que o nome escolhido seja em um consenso entre as lideranças.
Segundo os índios, colchões, lençois e até as vans para o transporte deles, doados recentemente, pelo Governo do Estado, desapareceram.
A Funasa tinha prazo até a última sexta-feira, 17, para cumprir o que prometera. Mas como a Justiça está em recesso, os índios vão esperar até o dia 10 de janeiro. Se nada for feito, a Funasa volta a ser ocupada pelas lideranças e, dessa vez, num movimento muito mais forte.
"Vamos engrossar o movimento", ameaça Dalvanir Justino, uma das lideranças indígenas.
Os primeiros manifestos tinham começado no último dia 3 de novembro, quando índios de várias etnias acamparam na sede da Funai. Na época, eles exigiam a melhoria da Casa do Índio e a demissão do diretor do Departamento do Alto Purus, que já foi substituído.
A superintendente em Exercício da Funasa, Suely Takada, disse faltar na Casa, "apenas a reforma de dois banheiros e tudo estará concluído".
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