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Índios são excluídos de debate

Correio do Povo-Curitiba-PR
09 de Fev de 2002

A Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas está sendo elaborada sem a participação dos grupos indígenas do Brasil, um dos países com o maior número de povos aborígenes do mundo. O processo de negociação da declaração entra, depois de oito anos de debates, em sua fase final. A esperança dos grupos indígenas é de que um documento seja aprovado até 2004 pela Organização das Nações Unidas. Apesar da importância do processo e do interesse de grupos indígenas de todo o mundo, as reuniões na sede da ONU. em Genebra, estão sendo marcadas pela falta de representantes de grupos brasileiros.

No encontro anual, que foi concluído ontem, na Suíça, o único representante brasileiro era Wilson Galhego Garcia, assim mesmo na condição de pró-reitor de graduação da Unesp. O motivo da falta de participação brasileira é o custo para enviar representantes a Genebra, uma das capitais mais caras do mundo. Outro fator que impediu a presença do Brasil nas discussões é que na maioria das vezes os representantes dos grupos indígenas brasileiros não falam nenhuma língua oficial da ONU. Desta forma, eles acabam não participando dos debates. Com o objetivo de resolver esse problema, o representante brasileiro em Genebra sugeriu à entidade a inclusão do português como idioma de trabalho.

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