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Índios relutam em deixar fazenda de prefeito em MS

Campo Grande News-MS
06 de Fev de 2002

Cerca de 300 índios Guarani e Caiuá relutam em deixar a fazenda Fronteira - ocupada por eles há mais de três anos, em Antônio João, no Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai. Segundo despacho do juiz do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo), Gilberto Jordan, os indígenas deveriam desocupar pacificamente a propriedade da família do prefeito do município, Dácio Queiroz, hoje, sob pena de serem retirados a força, amanhã.

A ameaça de resistência obrigou a Polícia Federal a pedir, mais uma vez, à Justiça Federal, mais tempo para cumprir a reintegração de posse. Atendendo o pedido pela quarta vez, a Justiça determinou que o novo prazo expira no próximo dia 15.

Para retirar os índios da fazenda - com 1,422 mil hectares, dos quais 30 ocupados por 97 famílias Guarani e Caiuá -, foram designados 170 homens: cem policiais militares, 10 bombeiros e 60 policiais federais. Agentes federais também virão de Brasília para reforçar a operação, segundo o delegado da Polícia Federal em Ponta Porã, Adelar Anderle.

A operação, de acordo com Adelar, foi planejada "cuidadosamente" para evitar que se repita o episódio ocorrido em outubro do ano passado, quando a PF teve de usar bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, além de balas de borracha, para retirar os índios da fazenda Brasília do Sul, município de Juti (MS).

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