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Índios reclamam de estradas da Reserva

Dourados Agora - www.douradosagora.com.br
21 de Fev de 2008

A má conservação das estradas da Reserva Indígena de Dourados tem sido alvo de reclamações das comunidades das aldeias Jaguapiru e Bororó. As chuvas que vêm caindo nos últimos dias na região tem mostrado a fragilidade e a falta de manutenção das vias que cortam as aldeias.

Em alguns trechos, carro pequeno não trafega e em outros a população tem que passar por dentro de lavouras e mato, para desviar de poças de água e lama. O repórter fotográfico do O PROGRESSO, Hédio Fazan, registrou o momento em que dois motociclistas tentavam passar por uma enorme poça dágua no meio da estrada que dá acesso a Missão Evangélica Caiuá.

Uma mulher, que estava na garupa da C100 Biz, teve que descer da motocicleta e passar ao lado de um matagal. Já o outro, que estava pilotando uma moto de maior cilindrada, carregando uma mãe com o bebê de colo e uma criança na frente, acabou atolando. A mulher com o bebê precisou descer da garupa do veículo e o jovem passou por dentro de uma lavoura para atravessar e seguir pela estrada.

O índio terena Ramão Almirão da Silva, que reside na aldeia Jaguapiru, disse que lideranças da Reserva já reclamaram com as autoridades para que fosse feito um patrolamento nas estradas que ligam as aldeias, mas até o momento não foram atendidos. "Vamos ver se pelo menos neste ano de eleições eles se lembram da gente. Parece que nosso povo não significa nada. Tem estradas importantes aqui onde os carros da Funai passam para levar os patrícios que estão doentes, muitas delas estão emburacadas. Tem alguns trechos nas duas aldeias, que quando chove os ônibus que levam as crianças para escola não conseguem passar", declarou o índio terena.

INFRA-ESTRUTURA

O secretário municipal de Infra-estrutura, vice-prefeito Albino Mendes, declarou que as estradas da Reserva Indígena são longas e requerem um trabalho diferenciado. "Estamos em um período de chuva e se entramos lá agora, ao invés de arrumar vamos estar estragando. Quando entrarmos nas aldeias será pelo menos 15 dias para arrumarmos todas as ruas".
O secretário disse ainda que é difícil conseguir cascalho próximo da Reserva, mas que se conseguir tentará colocar em algumas ruas. "As aldeias são ricas em cascalho, mas não podemos retirar de lá porque caracteriza extração e o Ministério Público Federal pode vir para cima de nós", enfatizou.

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