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Índios que bloqueiam BR-163 no Nortão querem serem 'ressarcidos' de danos ambientais

Só Notícias
Autor: Zilma Lima e Armando Sócrates
01 de Set de 2006

Hoje é o segundo dia de bloqueio da principal rodovia que liga o Norte de Mato Grosso a capital. Desde ontem de manhã, índios das tribos Txucarramãe, Mekragnotire, Panará, Kaiapó e Kaiabi bloquearam a passagem de caminhões, ônibus e automóveis, protestando contra o Governo Federal. Depois que confirmado pelo governo a conclusão do plano para asfaltamento da BR-163, ligando o Nortão ao porto de Santarém (PA), os índios fizeram algumas reivindicações. Eles querem ser ressarcidos dos danos ambientais que posteriormente poderão ser provocados pela pavimentação, devido a proximidade da rodovia com as terras de suas respectivas tribos.

Os índios lembram dos impactos ambientais que sofreram no passado com as aberturas de outras estradas e inclusive com a BR-163, no trecho dos municípios de Peixoto de Azevedo a Guarantã do Norte, quando os índios Panará quase foram extintos com a execução da obra afetando também a área indígena Baú, localizada no sul do Pará, onde cidades como Novo Progresso e Castelo dos Sonhos foram criadas afetando a comunidade de índios Caiapó que lá vivem.

Nesta segunda-feira os manifestantes, que colocaram troncos, madeira e pedras na rodovia, deram uma trégua e liberaram o tráfego até às 10:00hs. O bloqueio deve ser reiniciado, em seguida, ssem previsão para liberação. Eles querem conversar com representantes do Governo Federal para cobrar respostas para suas reivindicações.

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