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Índios promovem ação de reflorestamento na aldeia Pau Brasil

Seculodiário.com
Autor: Flávia Bernardes
16 de Nov de 2007

Nesta sexta-feira e sábado (16 e 17), os índios realizam na aldeia Tupinikim Pau Brasil, em Aracruz, o II Encontro Replantar nossa Esperança, organizado pela Comissão de Caciques e Lideranças Tupinikim e Guarani e a Associação Indígena Tupinikim e Guarani (AITG). A intenção é mobilizar a comunidade em prol da recuperação das terras indígenas no norte do Estado.

A expectativa é que cerca de 150 pessoas participem do evento. Segundo os índios no I encontro, em abril de 2005, na aldeia Tupinikim de Irajá, a comunidade avançou na proposta de reflorestar a área, criando um viveiro de mudas de árvores nativas na aldeia de Pau Brasil e chegou, inclusive, a realizar alguns plantios visando a reflorestamentos experimentais na área indígena.

Com o reconhecimento da terra indígena pelo Ministério da Justiça em agosto deste ano, com a assinatura das portarias que devolvem 11.009 hectares explorados durante décadas pela Aracruz Celulose aos índios, a comunidade considera importante dar continuidade a este trabalho e demonstrar a importância ambiental e cultural de se recuperar a área.

Neste segundo encontro, os índios pretendem avaliar as experiências de reflorestamentos realizadas até então, e avançar em relação aos próximos passos, a partir da troca de experiência com outras comunidades indígenas e técnicos ambientais.

Além dos índios Tupinikim e Guarani, participam do evento índios Maxacali, de Minas Gerais. Juntos, eles irão participar de oficinas de "Reflorestamento e educação indígena", "Coleta de sementes", "Reconversão de áreas de eucalipto para área de Mata Atlântica" e "Reflorestamento para uso indígena".

Um mutirão também será realizado para plantar árvores nativas na área indígena. Segundo os índios, todos os apoiadores da causa indígena, assim como técnicos ambientais, estudiosos, pesquisadores, entre outros, estão convidados a participar do evento.

Atualmente, os 11.009 hectares de terras indígenas se encontram cobertos de eucaliptos da empresa Aracruz Celulose. Os índios ressaltam que a monocultura é responsável por destruir a mata atlântica, destruir a fauna, e contaminar e secar rios da região.

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