VOLTAR

Índios perdem a liderança Kaiwá mais antiga do Mato Grosso do Sul

Site da Funai
Autor: (Vanessa Silva)
16 de Set de 2002

Os índios da aldeia de Panambizinho se despediram do último dos sábios Kaiwá, o cacique e pajé Paulito Aquino, que morreu aos 120 anos, no dia 3 deste mês. Com os rostos pintados de urucum, eles rezaram e cantaram no enterro, em homenagem ao índio mais velho do Mato Grosso do Sul.
São mais de 200 índios na aldeia, que com a morte de Paulito, perdem grande parte da cultura Kaiwá. O pajé conhecia tudo sobre medicina natural e técnicas de agricultura, que foram se perdendo no tempo e com o convívio com os não-índios. Paulito Aquino era também o único capaz de realizar o batismo indígena de recém-nascidos e o ritual de fura-lábios, o Tembetá.

Paulito Aquino é a terceira liderança indígena que deixa saudades nesses últimos três meses. No dia 17 de julho, o cacique Xavante, Mário Juruna, único deputado federal indígena na política brasileira, morreu em Brasília, aos 60 anos, vítima de diabetes. No dia 12 de agosto, Dico Sateré,
importante liderança dos índios Sateré-Mawé, faleceu em Manaus (AM), aos 70 anos, vítima de parada cardíaca. São três lideranças marcantes que entram na história das lutas em prol dos direitos indígenas.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.