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23 de Set de 2011
Representantes de seis etnias ligadas à Coordenadoria Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ji-Paraná estão acampados na sede do município em protesto contra a permanência do coordenador Vicente Batista. Ele é acusado de abuso de autoridade, cooptação de indígenas para sua permanência no cargo, desrespeito às lideranças e ainda de não aceitar uma administração de parceria.
Um documento com mais de 50 páginas foi enviado à Superintendência da Funai em Brasília, com cópias para o Ministério Público, Polícia Federal, Casa Civil do governo Federal e Secretaria Especial de Direitos Humanos de Brasília. O coordenador nega todas as acusações.
De acordo com Delson Gavião, a insatisfação dos representantes das etnias teve início com reuniões realizadas desde o mês de abril, quando foi solicitado do mesmo a inclusão dos indígenas na administração da Coordenadoria Regional da Funai de Ji-Paraná. Adelson Gavião disse ainda que a administração de Vicente Batista não é das melhores.
"Queremos ajudar a administrar o que é nosso. Tempos pessoas entre nós que entendem muito bem de tudo o que acontece aqui dentro", declarou.
Ele também afirmou que os serviços burocráticos estão suspensos até que haja uma resposta de Brasília. Ontem estavam na sede, coordenadores
representantes das etnias Tupari, Macurapi, Campé, Ajuru, Gavião e Ururá.
Em contato por telefone, o coordenador Vicente Batista declarou que a Fundação Nacional de Saúde (Funai) está passando por uma reestruturação em todo o País e isso, segundo ele, acaba implicando
na insatisfação de alguns servidores e até mesmo em alguns setores da comunidade indígena.
NEGAÇÃO
Vicente Batista negou categoricamente que esteja praticando qualquer tipo de abuso de autoridade, muito pelo contrário, tem participado das reuniões que as etnias sempre propõem. Sobre a participação de indígenas na administração direta da Coordenadoria Regional, Vicente Batista disse
que isso no momento não é possível, pois são cargos que requerem contratação através de concurso público. "Estamos trabalhando na reestruturação da Funai da nossa região, sendo um trabalho árduo
e bastante demorado, logicamente, resultando insatisfação de alguns setores", lembrou.
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