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Índios pedem ação da Funai onde Boeing caiu

FSP, Cotidiano, p. C4
30 de Out de 2006

Índios pedem ação da Funai onde Boeing caiu

Kátia Brasil
Da agência Folha, em Manaus

O líder indígena caiapó Megaron Txucarramãe disse ontem que vai propor que a Funai (Fundação Nacional do Índio) instale um posto de fiscalização no local dos destroços onde caiu o avião da Gol. O acidente, em setembro, deixou 154 mortos.
A medida poderia evitar que curiosos se aproximem do local do acidente, dentro da reserva Capoto-Jarinã e próximo ao Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso.
Megaron liderou um grupo de 30 pessoas -22 delas indígenas- que apoiou a operação de busca e resgate da FAB (Força Aérea Brasileira) de vítimas do acidente, que ontem completou um mês.
Administrador da Funai em Colíder (MT), Megaron, 56, iniciou a viagem até o local do acidente em 30 de setembro. Percorreu cerca de 60 km em carros e barcos até a fazenda Jarinã, base da operação.
O grupo percorreu mais 32 km de barco até encontrar um ponto para acampar na margem do rio Jarinã, que agora servirá ao posto de fiscalização, diz Megaron. Depois, andou mais 6 km até os destroços, com apoio de bússola e de um major do Corpo de Bombeiros.
"A primeira coisa que vi foram pedaços de avião nas árvores. Mais difícil foi quando começamos a achar corpos. Nossa ajuda era limpar em volta e abrir caminho para os militares. Não tocamos em nada."
A FAB continua com cerca de 310 militares na operação de busca, sediada na fazenda Jarinã, para localizar o corpo do bancário Marcelo Paixão, única vítima cujos restos não foram achados, e destroços que possam auxiliar nas investigações. Familiares do bancário marcaram para hoje uma visita à fazenda Jarinã.

FSP, 30/10/2006, Cotidiano, p. C4

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