Midianews-Cuiabá-MT
06 de Set de 2003
Os índios Parecis desbloquearam a MT-235, conhecida como "Nova Franteira", entre Tangará da Serra e Sapezal, que estava interditada por membros da etnia desde de domingo (31). Uma equipe da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) de Brasília está no local e negociou a liberação da estrada.
Porém, os cinco funcionários do órgão em Mato Grosso que se tornaram reféns no dia 2 deste mês, ainda permanecem na aldeia. Estão retidos o chefe do serviço de Patrimônio e Meio Ambiente da Funai, Carlos Márcio Vieira de Barros, o auxiliar do mesmo cargo Sérgio Santana Toledo, o chefe do posto indígena pareci Gonçalo de Assis Poquiviqui, além de Nelson Dias de Almeida Filho e Osvaldo Borges Pinto, que também comandam postos na área de jurisdição do órgão, na região de Tangará da Serra.
Os parecis ocupam uma área de cerca de um milhão de hectares na região de Tangará, mas reclamam de falta de apoio do Governo Federal para o fomento à produção agrícola e a conseqüente subsistência das famílias. Eles estariam reivindicando alternativas para plantar lavouras mecanizadas. O escritório da Funai em Tangará tem orçamento anual para auxiliar o plantio em 53 aldeias, com dois mil índios, de R$ 80 mil, dinheiro considerado insuficiente para trabalhar a terra em região de cerrado.
Os três funcionários da Funai de Brasília estão na aldeia Bacaval - próxima a Sapezal. Mas, os índios prometem endurecer as negociações. Se suas reivindicações não forem aceitas, também os funcionários não deixarão a aldeia.
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