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Índios guatós são os canoeiros de MS

Correio do Estado- Campo Grande-MS
06 de Ago de 2002

Os guatós, conhecidos como índios canoeiros, preferem viver em grupo familiar, característica que os distingue de outros povos que se organizam em grandes aldeias, a exemplo dos bakairis, caiapós, caiovás e terenas. Essa diferença foi de grande importância para sua sobrevivência quando as doenças trazidas pelo povo branco e as batalhas travadas pelos bandeirantes chegaram à região.
A pesquisa do arqueólogo e historiador Jorge Eremites de Oliveira, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Dourados, aponta que os guatós estão estabelecidos no Pantanal há mais de 500 anos, sendo mencionados nos conhecidos comentários do conquistador espanhol Alvar Núñez Cabeza de Vaca, que esteve na área em 1543. No entanto, dados arqueológicos obtidos na região do Morro do Caracará, Mato Grosso, indicam que talvez eles estejam ali há mais de 800 anos.
Nos anos de 1950 e 1970, os guatós foram oficialmente tidos como extintos pelo Governo brasileiro. Mas conseguiram reaparecer e retomar seu espaço. Depois de anos de batalha, eles tomaram posse da Ilha Ínsua, localizada entre Corumbá e a divisa com Mato Grosso.

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