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Índios exigem R$ 18 mi por ano da Vale

Diário da Amazônia -Manaus-AM
03 de Nov de 2005

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Gomes, afirmou ontem que a invasão das instalações da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em Carajás, promovida por um grupo de 280 guerreiros da comunidade xikrin, pegou todos de surpresa e precisa ser mais bem avaliada. "Não sei se é sinal de ebulição interna ou algo extemporâneo", disse Gomes, ressaltando que há dois anos a Funai já intermediou uma negociação entre a Vale e as comunidades indígenas que habitam a região das minas.

Na ocasião, os índios reivindicavam um montante de benefícios que custariam R$ 30 milhões anuais à empresa e, na negociação, acabaram aceitando R$ 15 milhões. Só os xikrin recebem atualmente R$ 6 milhões, mas passaram a exigir o triplo disso - R$ 18 milhões - para interromper suas ações. Segundo Gomes, esta já é a segunda vez que a etnia xikrin tenta excluir a Funai das negociações com a Vale devido a uma prática perpetuada nos 15 anos anteriores, quando a empresa sempre tratou diretamente com os índios. "A Vale achava que ela mesma seria capaz de cuidar dos índios, mas se deu conta de que não conseguiria", afirmou o presidente da Funai.

Segundo ele, uma nota pública divulgada pela Vale é inadequada e desproporcional ao episódio sobre o caso.

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