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12 de Jun de 2010
Sem poder voltar ao prédio, famílias passam necessidade
Acampados há dois dias na praça Dom Pedro II, no Centro de Manaus, indígenas de 15 famílias ainda não receberam nenhuma visita de autoridades do governo do Estado, nem mesmo da Secretaria Estadual dos Povos Indígenas (Seind). Maria de Jesus Cocama disse que as famílias também não têm nem como voltar para o prédio localizado na rua Bernardo Ramos, onde estavam alojados.
"Vamos ficar aqui mesmo. A gente não pode nem voltar. Mudaram o cadeado de lá. Está tudo trancado", disse ela. Conforme Maria de Jesus, as famílias também começam a sofrer com falta de comida. "A situação está feia", disse ela.
Ontem de manhã, a indígena Luzia do Nascimento da Silva passou mal. De resguardo há 20 dias, Luzia sentia fortes dores, enquanto, deitada em um colchão instalado no chão de terra batida, recebia massagem na barriga. Os indígenas disseram que têm dificuldade de receber atendimento do Serviço do Atendimento Móvel de Urgência (Samu). "A gente chama, mas ninguém vê,", disse.
Os indígenas estão acampados debaixo plásticos improvisados desde anteontem quando decidiram sair do prédio particular alugado pela Seind. Eles reivindicam residências próprias. As famílias faziam parte de uma invasão na Zona Norte.
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