Índios dizem que vários garimpeiros ainda estão escondidos nas matas da Reserva Roosevelt

O presidente da Funai, Eduardo Almeida, que está em Rondônia desde ontem, cumprindo a meta de conhecer de perto a situação do garimpo ilegal de diamantes, no interior da Terra Indígena Parque do Aripuanã, teve na manhã de hoje uma importante conversa com caciques dos Índios Cintas Largas. De acordo com os índios, apesar do grupo tarefa estar de prontidão para evitar a intrusão das terras, muitos garimpeiros ainda continuam escondidos dentro da reserva ao redor do leito do igarapé, esperando a oportunidade de voltar a garimpar. A dificuldade de vasculhar a reserva atrás dos intrusos e a presença do maquinário de garimpagem que ainda se encontra dentro da reserva é um dos principais problemas enfrentados pelo grupo tarefa para colocar um fim á questão. Ontem pela manhã, o presidente da Funai esteve no igarapé Lages/Lagoinha onde conheceu de perto a exploração ilícita do garimpo de diamante dentro da reserva. Uma dos principais objetivos de sua vinda à Rondônia é debater sobre as ações de proteção às terras indígenas com representantes de órgãos federais. Eduardo Almeida esteve reunido na manhã de hoje em Cacoal com técnicos da administração regional daquele município sobre a questão. Participam do encontro lideranças indígenas, Polícia Federal e representantes do Ministério Público. A proposta é uma só: encontrar uma maneira de manter os garimpeiros afastados. Mesmo com as pressões, as máquinas usadas pelos garimpeiros ainda permanecem no local, assim como muitas barracas de acampamento. De janeiro para cá foram detidos aproximadamente 50 garimpeiros na área. Estima-se que, no final do ano passado, antes da operação, aproximadamente cinco mil garimpeiros estivessem trabalhando ilegalmente na região.