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Índios desocupam prédio da Funasa no Paraná e invadem sede em Porto Velho/RO

Folha Online
29 de Mai de 2008

No mesmo dia em que índios das etnias caingangue e guarani desocuparam um prédio do governo federal no centro de Curitiba (PR), índios de quatro etnias invadiram, nesta quarta-feira (28), a sede da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Porto Velho (RO).

Em Cuiabá (MT), os indígenas mantiveram a invasão a um prédio público. Em Minas Gerais, os pataxó mantêm dois caminhões com tubos de aço da mineradora MMX, do empresário Eike Batista, parados.

Na capital paranaense, os caingangue e guarani liberaram o prédio, que abriga representações do Ministério da Saúde, depois de fecharam um acordo com a direção da Funasa, em Brasília, para o repasse emergencial de R$ 220 mil que serão usados no pagamento de salários de equipes médicas, na compra de remédios, alimentos e no aluguel de carros. Todos os serviços estavam paralisados por atrasos nos repasses das verbas por parte da fundação.

Em Porto Velho, de acordo com o líder da manifestação, Nilcélio Jiahui, 90 índios zoró, gavião, caritiana, caripuna, entre outros, invadiram o prédio da Funasa na manhã de quarta-feira para exigir repasses atrasados para a saúde indígena. O coordenador regional do órgão em Rondônia, Josafá Marreiro, afirmou que os atrasos aconteceram por problemas na prestação de contas das ONGs que dão assistência aos índios.

Em Carmésia (214 km de Belo Horizonte), por volta das 16h, os índios pataxó retiraram os veículos, que interrompiam o tráfego em trecho da rodovia MG-232, liberaram a pista e levaram os dois caminhões para uma aldeia da reserva Fazenda Guarani.

Segundo o cacique Ronildo Pataxó, os índios decidiram continuar com os caminhões para garantir que a MMX negocie a doação de tratores para compensar o aumento do tráfego na reserva. A mineradora declarou que o projeto de mecanização agrícola é incompatível com a atuação da empresa.

Em Cuiabá (MT), desde segunda-feira, cerca de 70 índios das etnias irantxe e mynky mantêm a invasão ao prédio da Funasa. Eles reclamam de um atraso de cinco meses no repasse de verbas para a ONG encarregada dos atendimentos à saúde na região de Brasnorte (580 km de Cuiabá).

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