MS Notícias
29 de Mar de 2008
Os moradores da reserva indígena Potrero Guasu, em Paranhos, no Mato Grosso do Sul, encaminharam ao Ministério Público (MP) da região uma denúncia de que há cinco anos enfrentam falta de água potável. Essa situação estaria agravando os casos de desnutrição e aumentando os problemas de doenças de pele. De acordo com líderes indígenas, em maio do ano passado a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) chegou a furar dois poços para fornecer água à população local, porém, não foram colocadas as bombas.
A assessoria de imprensa da Funasa informou que a reserva não é legalizada e, por isso, a instalação das bombas não pode ser efetuada. "Trata-se de uma área em litígio. Portanto, o serviço público não pode investir recursos", alegou a Funasa-MS.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a posição assumida pela Funasa é contraditória. "Se não seria possível colocar as bombas, que não tivessem sido furados os poços", disse o integrante do CIMI, Cristiano Navarro. "Nós entendemos que se trata de uma região em litígio, mas esses índios estão nessa reserva há cinco anos e o Estado não pode deixar que esses nativos morram de sede", afirmou.
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