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Índios de Rondônia sem acesso às faculdades

Estadão do Norte-Porto Velho-RO
16 de Jan de 2003

O movimento de reconquista de espaço social e cultural das etnias rondonienses está cada vez mais ativa, inclusive com o ingresso nas escolas normais e da formação de professores índios. Um desses projetos é o Açaí, do governo do estadual. Mas todo esse esforço, ainda não foi suficiente para conduzir o acesso de representantes de povos indígenas nas faculdades particulares e nem federais. De acordo com informações do setor de educação da Funai, a cargo da professora Augusta Boaventura, "em Porto Velho trabalhamos com algumas etnias, e nelas não há o registro de que algum membro tenha alcançado o ensino superior ou se formado".
Segundo informações da própria Seduc, servidores que trabalham com a Educação Indígena estão no estado do Mato Grosso, participando de estudos e encontros em busca de mais suporte. Justamente para que os índios de Rondônia também possam se tornar acadêmicos e fazer pós graduações, como alguns conseguiram no estado vizinho.
Visando essa formação a grupos que têm encontrado restrições de seguir adiante na formação educacional e profissional, estão surgindo movimento para mudar essa realidade. Termina hoje o prazo para inscrições na seleção 2003 do programa Internacional de Bolsas de Pós-graduação da fundação Ford. Segundo a assessoria da fundação, os interessados em participar da seleção têm até hoje, dia 16 de janeiro, para efetuar a inscrição.
"O Programa destaca-se por suas características inovadoras, baseadas em critérios de Ação Afirmativa. Ele privilegia candidatos pertencentes a grupos que sistematicamente têm tido acesso restrito ao ensino superior, com poucas oportunidades econômicas e educacionais - por exemplo, residentes nas regiões Norte e Nordeste, de origem étnico-racial negra e indígena e que assumem encargos e responsabilidades familiares.

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