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Índios de Rondônia participarão de jogos indígenas em Palmas

Estadão do Norte-Porto Velho-RO
10 de Set de 2003

Índios das tribos Nambikwára e os Uru-Eu-Wau-Wau de Rondônia, participarão dos VI Jogos Indígenas, que acontecerá entre os dias 4 e 11 de outubro, na praia da Graciosa, em Palmas (TO). Neste ano, 47 etnias brasileiras vão participar dos jogos, com mais de 1.100 índios. Sete desses povos estão indo pela primeira vez à competição: os Ava Guajá, do Maranhão, que falam muito pouco o português; os Avá Canoeiro, tribo de origem desconhecida e com apenas 14 pessoas, que moram na região da Serra da Mesa, em Goiás; os Kappor, do Maranhão, conhecidos pela arte plumária; e os Waimiri Atroari e os Hixkariana, do Amazonas.
A novidade para este ano, será a participação de comunidades indígenas de vários países. Virão ao Brasil dez índios canadenses, vinte índios da Guiana Francesa (da tribo Kalina) e quarenta índios da comunidade Wai-Wai, que moram na região da fronteira brasileira com a Guiana Inglesa. Na Aldeia Olímpica, uma oca especial será construída para receber os índios estrangeiros que vêm ao país para observar a realização dos jogos e também para disputar algumas das competições.
De acordo com o coordenador cultural dos VI Jogos, Carlos Terena, os jogos antes de tudo, é festivo, mitológico, espiritual e religioso. "Quando criamos os Jogos, tínhamos o objetivo de nos conhecer. Mas a cada edição, coisas diferentes aconteciam. Passamos a ter auto-estima e a entender realmente quem somos. Cada povo pôde se conhecer melhor. Principalmente os jovens que, assim como qualquer branco ou não-índio, muitas vezes sofre pela falta de identidade, a gente tenta mostrar isso fazendo com que ele entenda que sempre vai ser o que é: Bororo, Xavante, Terena, Bakairi ou o que for. E que também é importante respeitar os outros povos como eles são, entendendo as diferenças entre eles", afirmou.

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