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Índios de Rondônia participam de oficina de artesanatos

Rondoniagora-Porto Velho-RO
26 de Set de 2002

Durante 15 dias, índios de 12 tribos diferentes existentes em Rondônia passam por uma nova etapa do processo de capacitação com vistas à transformação dos elementos naturais em artesanato. O trabalho tem o objetivo de envolver as comunidades num processo de resgate e revitalização constante das características étnicas, culturais e ambientais para que possam defender seus interesses perante a sociedade em geral e preservar suas riquezas. Os índios pertencem às comunidades surui, zoró, pacaás-novos, mucurabe, canoé, ajuru, tupari, massacá, cujubim, aruá, mutum e karitiana, que estão sendo capacitados pela consultora Adariana Nunes, de Salvador (BA). Ela já realizou duas etapas anteriores a esse trabalho, dentro do projeto Artesanato Indígena do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Rondônia. As tribos são naturais de aldeias existentes nos municípios de Cacoal, Ji-Paraná, Guajará-Mirim e Porto Velho. O primeiro contato com os índios foi marcado por entrevistas e levantamento do potencial de cada um dos grupos. Isso resultou na criação de logomarcas que identificam cada aldeia e serve como selo de autenticação de que as peças adquiridas por turistas são originais. Ao vender seus artesanatos, os índios usarão um carimbo de autenticidade. As ações planejadas nessa etapa são: definição e cadastramento de lideranças indígenas e entidades parceiras, além da multiplicação do programa Gestão da Atividade Artesanal, do Sebrae; seleção da equipe responsável pela capacitação do programa, repasse de informações e capacitação da equipe técnica e de consultores indicados; cadastro de artesãos indígenas, por aldeia e tipo de artesanato e, ainda, o registro e cadastro do tipo de artesanato, métodos produtivos e peças ancestrais de cada etnia. O trabalho continua com oficinas de cadastro dos recursos naturais - corantes, matéria-prima no artesanato - além da sazonalidade do artesanato indígena. Resultados Com essas ações, espera-se chegar à potencialização das vocações locais, tornando-as competitivas e profissionais, desenvolvendo capacidade de gestão, empreendedorismo e marketing; cadastrar o nome de artesãos por aldeia e tipo de artesanato produzido, para facilitar pedidos e compras; registro fotográfico e cadastro de tipologia de produtos por aldeia (nome da peça, matéria-prima utilizada, por exemplo); registro em fotografias e descrição dos processos produtivos. Também faz parte do projeto a criação de um museu indígena de cada etinia; identificação de matéria-prima disponível no local e do material reaproveitável (principalmente para a confecção de embalagens; e, por último, estimular o máximo aproveitamento da matéria-prima e garantir a preservação ambiental.

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