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Índios avaliam futuro com Lula

Estadão do Norte- Porto Velho-RO
04 de Dez de 2002

O futuro das nações indígenas e suas reivindicações são o principal tema dos debates da Assembléia Geral dos Direitos e Interesses dos Povos Indígenas, que a Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas - Cunpir realiza até amanhã em Porto Velho. As lideranças manifestaram preocupação quanto ao que definem como de necessidade de moralização da Funai e a demarcação de terras.
O encontro, que acontece no cenáculo Rainha dos Apóstolos, na avenida Rio Madeira, bairro Nova Esperança, conta com a participação dos parlamentares eleitos pelo Partido dos Trabalhadores - PT, que são apontados pelas lideranças como principais parceiros na defesa dos direitos dos índios.

REPRESENTAÇÃO
Para o coordenador no Cunpir, Antenor Karitiana, as expectativas são muitas com a sucessão presidencial, principalmente por ter nos políticos petistas rondonienses uma representação confiável, em Brasília.
Antenor destacou que o que mais faltou no governo Fernando Henrique Cardoso foi o diálogo. "Isto agravou a situação da Funai, que já não era boa, e influenciou nos problemas com as demarcações das reservas e explorações mineral e madeireira nas terras", informou.
O encontro também servirá para que seja feito um balanço geral das ações da Cunpir, em oito anos de existência, em relação aos posicionamentos adotados quanto a saúde, educação, alternativas econômicas, retomadas de terra e gasoduto.
GAVETA
Retirar da gaveta em Brasília a Lei Orgânica das Nações Indígenas, que começou a ser elaborada em 1992 e ainda não foi concluída, é uma das grandes esperanças do Cunpir. Antenor acredita que grande parte da solução das reivindicações acontecerá na retomada da conclusão deste documento. O deputado federal eleito Eduardo Valverde confirmou que a bancada federal trabalhará para tornar a Lei Orgânica uma realidade.

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