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Índios acusados de morte de policiais são soltos

DouradosAgora
02 de Abr de 2007

Nove índios, acusados de participação na chacina que matou dois policiais e deixou um gravemente ferido em Dourados, foram colocados em liberdade, às 14h30 de hoje. São eles: Valmir Júnior Savala, Jair Aquino Fernandes, Sandra Arevalo Savala, Paulino Lopes, Lindomar Brites de Oliveira, Márcio da Silva Lins, Hermínio Romero, Ezequiel Valensuela e Carlito de Oliveira, membros da comunidade indígena de Passo Piraju. Eles estavam presos na delegacia de policia Civil de Juti.
O crime, registrado em 1o de abril de 2006, resultou na morte dos policiais civis Rodrigo Pereira Lorenzato e Romilson Guimarães Bartier e deixou o policial Emerson Gadani gravemente ferido.
O massacre aconteceu quando os policiais procuravam Wilson Rodrigues da Silva, suspeito de matar o sogro, o pastor Sinforino Ramirez, 42 anos. Durante a busca, os policiais passaram pelo Assentamento Passo Pirajiu, onde estava um grupo de indígenas desaldeados. Segundo consta no processo, os índios aguardaram os policiais na MS-156, onde eles foram torturados e executados com pauladas e facadas.
O policial sobrevivente, Emerson Gadani, disse durante depoimento em Dourados no dia 21 de julho que o capitão Carlito de Oliveira comandou as ações do massacre e pediu inclusive para que os índios cortassem de Gadanni que estava caído no chão. A ordem foi frustada porque os índios teriam se assustado com a aproximação de um veículo e alvejaram o carro com tiros de armas dos próprios policiais.
Apesar de a decisão ter saído no dia 27 de março, os indígenas não foram soltos e o STJ teve de intervir, determinando que a Justiça Federal expedisse o alvará de soltura que foi assinado pelo juiz Jairo da Silva Pinto, da 1ª Vara Federal de Dourados. Segundo a defesa, os policiais foram confundidos com fazendeiros e capangas, sendo que o confronto resultou nas mortes dos dois policiais.Conforme o Midiamax a defesa diz que os índios são todos primários e de bons antecedentes e que os assassinatos foram resultado de uma antiga disputa de terras, que gerou permanentes conflitos e agressões por parte de fazendeiros da região.

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