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Indio Yanomâmis são vitimas da malária

A Crítica -Manaus-AM
26 de Mai de 2001

Somente nos três primeiros meses deste ano, 463 índios Yanomami, da região do rio Padauiri, no Município de Santa Isabel do Rio Negro (a 628 quilômetros de Manaus), foram contaminados com malária. A informação é da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que garante a inexistência de óbitos entre os indígenas. A situação é preocupante porque a malária continua fora de controle, admitiu o coordenador regional da Funasa, Evandro Melo. Apesar disso, o coordenador disse que não há registro de casos mais graves e que, apesar de os números da malária naquela região representarem um surto epidemiológico, o coeficiente geral da doença em Santa Isabel diminuiu. No ano passado, no mesmo período, os casos de malária já haviam chegado a 755. Para controlar o surto, a Funasa se reuniu com as três organizações não-governamentais que prestam assistência de saúde aos ianomâmi e elaborou um plano emergencial de combate à doença. Mais laboratórios de diagnóstico e tratamento de malária foram instalados na área e outros quatro funcionários foram contratados pelo Governo do Amazonas, responsável pelo controle da doença, para efetuar o controle de vetores no rio Padauiri - principal foco dos mosquitos transmissores, há três dias de voadeira da sede do Município. Segundo Melo, o controle dos criadouros e o tratamento imediato dos doentes são a principal arma de combate à malária. Quando o tratamento é iniciado logo no início é possível evitar que o ser humano se torne um propagador indireto da doença. Esta tem sido a principal estratégia de combate à malária. A doença, que ainda não foi controlada no Estado, deverá alcançar os 50 mil casos somente este ano. A cifra alta ainda é mais baixa que a registrada em 99 e em 2000, 167 mil e 68 mil, respectivamente. Só poderemos falar em controle quando alcançarmos apenas 30 mil casos por ano e sem contaminação na zona urbana, disse Melo. O difícil controle se deve, principalmente, à seca sazonal dos rios e igarapés e à temperatura elevada, propícia para a procriação dos mosquitos transmissores. Mesmo assim, nós conseguimos reduzir de 14 para três o número de municípios com alto risco da doença, afirmou Melo.

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