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30 de Mar de 2017
Um indígena da etnia Cinta Larga deve ir a júri popular na próxima segunda-feira (3), em Cuiabá, pela morte de cinco pessoas da mesma família há 26 anos, em uma fazenda localizada no município de Juína, a 737 km da capital. O crime teria sido motivado por conflito por terras, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
Conforme a denúncia, um grupo de índios invadiu a Fazenda Damiani onde a família estava e cometeu o crime. Os corpos de quatro das cinco vítimas foram encontrados em estado de decomposição no caminho da casa delas.
O corpo da quinta vítima, que era adolescente, nunca foi encontrado, mas a suspeita é de que tenha sido morta, assim como os demais membros da família.
Não houve nenhuma testemunha ocular do crime, mas uma funcionária da concessionária de energia do estado disse ter conversado com o outro índio que também era réu nesse processo e que, no decorrer da ação, morreu. Esse acusado teria confirmado à ela que tinha cometido o crime, que teria sido liderado por ele e pelo indígena que vai a julgamento na próxima segunda-feira.
À época, os dois índios, sendo que um deles da etnia Bakairi, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio qualificado. Depois disso, o MPF requereu que o caso fosse julgado na esfera federal e não na estadual, já que os índios estão sob a tutela da União e também porque se trata de briga por terras da União.
O índio, que será julgado, chegou a ter a prisão preventiva decretada à época das mortes e anos depois se apresentou à Justiça.
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2017/03/indio-vai-juri-por-mort…
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