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28 de Jul de 2010
Na busca por uma voz comprometida com os problemas que atingem suas comunidades, os índios estão tentando eleger pelo menos três dos seus seis candidatos a deputado federal. A prova de que desejam representatividade e não apitos ou espelhinhos pode ser medida pelo fato de que, nos estados onde são mais organizados (Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia), lançaram cerca de 30 candidaturas a deputados estaduais.
No total, 18 estados têm candidatos indígenas. "Tão importante quanto ter candidatos indígenas é a nossa participação nas urnas. E isso está aumentando. Índios de diferentes etnias estão se unindo para ver seus direitos consolidados, como, por exemplo, a atualização do Estatuto do Índio", explicou Damião Braz, representante nacional da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), também conhecido como Irajá Pataxó.
"Atualmente, temos 32 projetos que tratam das nossas principais necessidades. Quem cuida disso no parlamento é a bancada ruralista, que não tem a menor intenção de nos ajudar", criticou.
O primeiro (e ainda principal) representante da causa indígena foi Mário Juruna, deputado federal pelo então PDT de Leonel Brizola, entre 1983 e 1987. O cacique xavante vertido em parlamentar ficou conhecido por andar com um gravador para todo canto, já que não acreditava nas promessas dos políticos e dos brancos. Assim, passou a gravá-los para, quando não cumprissem o prometido, mostrar-lhes que palavra empenhada é dívida.
Leia mais na edição desta quarta-feira (28) do Jornal de Brasília.
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