Indígenas ocupam Funasa e exigem efetivação de coordenadora

A não efetivação no cargo da atual coordenadora Claudete Schuertz na direção do Distrito Sanitário Yanomami (DSEI-Y), tem deixado os indígenas revoltados, pois eles acreditam haver uma jogada política nessa história, impedindo a confirmação do nome dela. Os índios decidiram ocupar o prédio da Funasa para fazer cumprir a revindicação das comunidades.

Em carta enviada ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao Secretário Especial de Saúde Indígena (SESAI), Antônio Alves de Sousa e para senadora Ângela Portela, eles destacam que "continuam ameaçando a saúde indígena Yanomami e Ye'kuana, no estado de Roraima, principalmente Marcelo Lima Lopes (presidente da Funasa) e Romero Jucá".

Segundo eles, estão querendo indicar Andréia Maia Oliveira, a qual não é bem aceita pelos indígenas, assistidos pelo Distrito Sanitário Especial Saúde Yanomâmi e Ye'kuana (DSEY). Ainda na carta é ressaltado : "não aceitamos a indicação de uma pessoa que não tem a menor relação com as condições de atendimento".
Com a mudança para SESAI, todos os Distritos Indígenas do país já tiveram suas coordenações confirmadas, menos Roraima - Distrito Yanomâmi. "No Brasil inteiro mudaram, por que não saiu ainda o nome da chefia", questionam.
A coordenadora atual, Claudete Schuertz, trabalha com os Yanomamis desde 91 e pela boa convivência, ganhou o respeito e amizade dos índios. Na Operação Metástase, desencadeada pela Polícia Federal, onde foram presos 30 funcionários acusados de fraudarem licitações, ela foi escolhida para assumir o Distrito.
DSEI-Y atende a 20 mil índios, sete municípios em Roraima e Amazonas, e 37 pólos base, que são assistidos só por aeronaves.

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