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Indígenas elogiam atendimento prestado pela Casai/DF

Funasa - http://www.funasa.gov.br/
30 de Jul de 2009

Próxima de completar um ano no local onde está instalada, a Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai)/DF comemora o bom desempenho das atividades desenvolvidas pela equipe formada, principalmente, por profissionais de saúde. Prova da dedicação dos profissionais são os elogios feitos pelos indígenas atendidos na unidade.

Orestes Xavante, de 45 anos, é um dos pacientes que se encontra na Casai, onde ficará até o término do tratamento que está fazendo. Sobre a equipe de saúde, ele afirma: "Estão me tratando direito aqui. As enfermeiras são boas e cuidam direito da gente". Durante o período de permanência na Casa, Orestes conta com a companhia de João Rômulo, seu filho que, além de apoiar o pai, ficou bastante atento à entrevista concedida à Ascom da Funasa.

A técnica em enfermagem Emivalda Moreira de Souza é uma das colaboradoras da Casai. Com competência e dedicação, ela ajuda cada paciente a recuperar a saúde antes de voltar para a aldeia de origem. É o caso de Camilo Tsirobo, de 78 anos, que passa por aferição de pressão arterial e orientações constantes. Será assim até o seu retorno para a aldeia Nossa Senhora Aparecida, em Campinápolis, no Mato Grosso.

A criatividade do povo indígena também se apresenta nas formas que encontram para passar o tempo. Enoá Kamaiurá, 21 anos, veio com a mãe do Parque Xingu, no Mato Grosso, para ficar com o irmão que precisa de acompanhamento médico. Nas horas livres, ela confecciona pulseiras, colares e outros acessórios feitos com miçangas. As peças, delicadas e coloridas, são vendidas e geram pequena renda para a jovem. Apontando para as pulseiras, explica: "Eu gosto de fazer assim, bem alegres".

O ambiente seguro e tranqüilo e a satisfação dos usuários da Casa é fruto da coordenação de Elenir Coroaia, que considera a experiência de 19 meses à frente da unidade de saúde como um presente. "Assumimos num momento de fragilidade e, aos poucos, juntamente com toda a equipe que constitui a força de trabalho da Casai, realizamos mudanças estruturais importantes, objetivando qualificar os serviços de apoio que garantem aos pacientes referenciados para tratamento médico especializado, condições de recuperação de sua saúde", destaca.

Elenir complementa esclarecendo que, na Casa, são recebidos pacientes de várias etnias, sendo um dos desafios da equipe adequar o processo de trabalho, respeitando a diversidade cultural destes povos, além de assegurar, junto à rede ambulatorial e hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS), mecanismos que garantam atenção diferenciada.

"Entendo que um dos fatores que contribuíram de forma significativa para a reorganização dos serviços foi o empenho do Departamento de Saúde Indígena (Desai), que não mede esforços para garantir as condições para o pleno funcionamento da Casai/DF", frisa.

Saiba mais

As Casais são responsáveis por:

- Receber pacientes e seus acompanhantes encaminhados pelos Distritos Sanitárias Especiais Indígenas (Dsei);
- Alojar e alimentar pacientes e seus acompanhantes, durante o período de tratamento;
- Estabelecer os mecanismos de referência e contra-referência com a rede do SUS;
- Prestar assistência de enfermagem aos pacientes pós-hospitalização e em fase de recuperação;
- Acompanhar os pacientes para consultas, exames subsidiários e internações hospitalares;
- Fazer a contra-referência com os Distritos Sanitários e articular o retorno dos pacientes e acompanhantes aos seus domicílios, por ocasião da alta.

Além disso, têm como função agendar os serviços especializados requeridos, continuar o tratamento após alta hospitalar até que o índio tenha condições de voltar para a aldeia, dar suporte a exames e tratamento especializados, fazer serviço de tradução para os que não falam português e viabilizar seu retorno à aldeia, em articulação contínua com o Dsei.

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